Envergar sem partir

“abatidos, porém não destruídos”
2 Coríntios 4. 10

A vida tem seus próprios movimentos, sendo certo afirmar que os dias podem ser surpreendentes, para a alegria e para os desafios próprios da existência.
Cada um de nós escolhe uma maneira de reagir a estas surpresas. É sempre mais fácil ver-se envolvido pela brisa da alegria. O desafio é manter-se em pé quando o vento bate forte, desafiando o equilíbrio, a sanidade, a própria fé.
Nos dias atuais utiliza-se muito a expressão “resiliência” para tratar do comportamento humano em situações limites, que significa envergar sem partir, dobrar-se até o limite, sem quebrar, retornando ao estado inicial. É resistir, manter-se, não sucumbir.
A experiência de cada um de nós demonstra que Deus nos trata no deserto, cuidando de cada um e cada uma sempre que a estrada é aquilo que o salmista chama de “vale da sombra”, lugar de insegurança e de incerteza.
Este movimento de carinho divino se dá por meio de vários agentes da vida: a família, a natureza, a comunhão dos crentes, a palavra de Deus, a arte, a música, uma viagem e a própria amizade. Em muitos momentos da caminhada ouvi o sussurro do Pai através da palavra preocupada de um amigo ou amiga.
Estas experiências me permitem afirmar que minha resiliência só é possível a partir da ação de Deus, que não me deixa “quebrar”, pois me mantém firme através das forças do carinho que Ele mesmo, por amor, coloca ao redor de mim.
Convido você a perceber estas forças cercando-te também, vendo nelas os sinais do cuidado de Deus. O Senhor não nos deixa a mercê das tempestades, mas das mais surpreendentes maneiras coloca-se ao redor de nós, protegendo-nos debaixo de Si. No Senhor está toda a força que precisamos. Quando abatidos, nEle temos a garantia de que não seremos destruídos. NEle temos a garantia de que o vale será vencido e um tempo novo se avizinha. Não permita que a murmuração te impeça de perceber que Deus já está ao teu lado, que Ele já chegou.
Que a Graça do Senhor continue mantendo-nos firmes, para testemunho de Seu amor.
Com estima pastoral,
Rev. Jonatas Rotter Cavalheiro

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