Eu ainda não o conheço, mas o ouço quase todo dia.
Tenho um vizinho bebê, que de vez em quando se faz perceber através de um choro bonitinho, que é só dele. Não é um choro repetitivo e constante, daqueles que tomam uma madrugada inteira. Não. É um choro magoado que parece misturar manha e vontade de colo. Não vejo a cena, mas como este prantinho dura pouco, posso imaginar que no momento em que começa, o pai e/ou a mãe já colhem o rebento nos braços, fazendo cessar o lamento. Pronto: não precisa mais chorar. Já está protegido, envolvido e acarinhado pelos braços daqueles que o amam.
Este testemunho auditivo me faz pensar em nossa vida com Deus. Evidentemente, em muitos instantes somos nós a chorar um choro magoado, num cantinho escuro da existência, afinal, a vida sabe ser dura por vezes. É um choro que não quer incomodar ninguém. É um choro que não quer ser notado por ninguém. É um choro que só precisa ser conhecido pela figura maternal de Deus.
A boa notícia é que a experiência de meu pequeno vizinho se repete em nós: ao ouvir nosso choro magoado, o Senhor já está em movimento para nos ajudar a passar por mais uma noite... em paz.
Que o Senhor te recolha, aqueça e acalme, nesta nova semana e sempre.
Com estima pastoral,
Jonatas Rotter Cavalheiro, pastor
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